INTRODUÇÃO
A história da Administração iniciou-se na Suméria por volta
do ano 5.000 a.C. quando os antigos sumerianos procuravam melhorar a maneira de
resolver seus problemas práticos, exercitando assim a arte de administrar.
Alguns fatos podem ser citados como exemplo para o início da utilização da
administração em setores políticos, econômicos, sociais, tal como no Egito,
Ptolomeu dimensionou um sistema econômico planejado que não poderia ter-se
operacionalizado sem uma administração pública sistemática e organizada. Na
China, a necessidade de adotar um sistema organizado de governo para o império,
a Constituição de Chow, com seus oito regulamentos e as Regras de Administração
Pública de Confúcio exemplifica a tentativa chinesa de definir regras e
princípios de administração. E, ainda, as instituições otomanas, pela forma
como eram administrados seus grandes feudos. Os prelados católicos, já na Idade
Média, destacavam-se como administradores natos. Na evolução histórica da
administração, duas instituições se destacaram: a Igreja Católica Romana e as
Organizações Militares. A Igreja Católica Romana pode ser considerada a
organização formal mais eficiente da civilização ocidental. Através dos séculos
vem mostrando e provando a força de atração de seus objetivos, a eficácia de
suas técnicas organizacionais e administrativas, espalhando-se por todo mundo e
exercendo influência, inclusive sobre os comportamentos das pessoas, seus
fiéis. As Organizações Militares evoluíram das displicentes ordens dos
cavaleiros medievais e dos exércitos mercenários dos séculos XVII e XVIII até
os tempos modernos com uma hierarquia de poder rígida e adoção de princípios e
práticas administrativas comuns a todas empresas da atualidade. O fenômeno que
provocou o aparecimento da empresa e da moderna administração ocorreu no final
do século XVIII e se estendeu ao longo do século XIX, chegando ao limiar do
século XX. Esse fenômeno, que trouxe rápidas e profundas mudanças econômicas,
sociais e políticas, chamou-se Revolução Industrial. A Revolução Industrial
teve início na Inglaterra, com a invenção da máquina a vapor, por James Watt,
em 1776 e desenvolveu-se em duas fases distintas: a primeira fase de 1780 a
1860. É a revolução do carvão, como principal fonte de energia, e do ferro,
como principal matéria-prima. A segunda fase de 1860 a 1914. É a revolução da
eletricidade e derivados do petróleo, como as novas fontes de energia, e do
aço, como a nova matéria-prima. Ao final desse período, o mundo já não era mais
o mesmo. E a moderna administração surgiu em resposta a duas conseqüências
provocadas pela Revolução Industrial, a saber:
·
crescimento acelerado e desorganizado das
empresas que passaram a exigir uma administração científica capaz de substituir
o empirismo e a improvisação;
·
necessidade de maior eficiência e produtividade
das empresas, para fazer face à intensa concorrência e competição no mercado.
Difícil é precisar até que ponto os homens da Antiguidade, da Idade Média e até
mesmo do início da Idade Moderna tinham consciência de que estavam praticando a
arte de administrar.
Já no século XX, surge Frederick W. Taylor, engenheiro
americano, apresentando os princípios da Administração Cientifica e o estudo da
Administração como Ciência. Conhecido como o precursor da TEORIA DA
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA, Taylor preconizava a prática da divisão do trabalho,
enfatizando tempos e métodos a fim de assegurar seus objetivos "de máxima
produção a mínimo custo", seguindo os princípios da seleção científica do
trabalhador, do tempo padrão, do trabalho em conjunto, da superviso e da ênfase
na eficiência. As propostas básicas de Taylor: planejamento, padronização,
especialização, controle e remuneração trouxeram decorrências sociais e
culturais da sua aplicação, pois representaram a total alienação das equipes de
trabalho e da solidariedade grupal, fortes e vivazes no tempo da produção
artesanal. Apesar das decorrências negativas para a massa trabalhadora, que as
propostas de Taylor acarretaram, não se pode deixar de admitir que elas
representaram um enorme avanço para o processo de produção em massa.O atraso na
difusão generalizada das idéias de Fayol fez com que grandes contribuintes do
pensamento administrativo desconhecessem seus princípios. Fayol relacionou 14
(quatorze) princípios básicos que podem ser estudados de forma complementar aos
de Taylor. As 05 funções precípuas da gerência administrativa como: planejar,
comandar, organizar, controlar e coordenar, o já conhecido e exaustivamente
estudado nas escolas de administração - PCOCC - são os fundamentos da Teoria
Clássica defendida por Fayol. Esta Teoria considera: a obsessão pelo comando, a
empresa como sistema fechado e a manipulação dos trabalhadores, que semelhante
à Administração Científica, desenvolvia princípios que buscavam explorar os
trabalhadores.
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