terça-feira, 24 de setembro de 2013

História da Administração (parte 5)

DESENVOLVIMENTO ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

A Administração nasceu através de dois engenheiros. Um era americano, Frederick Taylor, que desenvolveu a Escola da Administração Científica, cuja preocupação básica era o aumento da produtividade e da eficiência a nível operacional através da racionalização do trabalho operário. O outro era europeu, Henri Fayol, que desenvolveu a Teoria Clássica, e sua preocupação era melhorar a eficiência da empresa através da sua organização e da adoção de princípios gerais de Administração. A Escola da Administração Científica foi iniciada no início do século passado por Taylor, e sua ênfase era as tarefas. Ele teve vários seguidores (Gantt, Gilbreth, Emerson e outros) e revolucionou o pensamento administrativo - e por que não produtivo - da época (início do século). Taylor além de fazer a análise completa de tempos e movimentos, estabeleceu padrões precisos de execução, especializou o operário e o treinou para que desempenhasse de forma metódica seu trabalho.
Taylor procurou ajustar as necessidades de patrão e empregados, assegurando o máximo de prosperidade ao patrão e ao mesmo tempo ao empregado. Para Taylor e seus seguidores o instrumento para racionalização do trabalho dos operários era o estudo de tempos e movimentos, onde movimentos inúteis eram eliminados e substituídos por outros eficazes. Os funcionários eram treinados na função específica de sua atividade, o que melhorava sua eficiência, ao passo que deveria ser adotado uma base uniforme para salários eqüitativos e prêmios por aumento de produção e um cálculo mais preciso de custo unitário por peça. A Administração Científica contribuiu para a divisão do trabalho, a especialização do operário, a definição e estabelecimento de cargos e tarefas, o incentivo salarial e de prêmios (que geravam a motivação no operário), contribuiu para a melhoria da condição física de trabalho (ruído, ventilação e iluminação), na padronização de métodos e de equipamentos e na existência da supervisão funcional (supervisores especializados em cada área). Os princípios da Administração Científica de Taylor são: princípios de preparo, controle e execução.
De acordo com Taylor, a implantação da Administração Científica deve ser gradual e obedecer a um certo período de tempo, para evitar alterações bruscas que causem descontentamento por parte dos empregados e prejuízos aos patrões. Essa implantação requer um período de quatro a cinco anos para um progresso efetivo.

Princípios da Administração Científica de Taylor

Para Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições e responsabilidades descritas pelos princípios a seguir:
·         Princípio do preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Além do preparo da mão-de-obra, preparar também as máquinas e equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais.                                              
·         Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores, para que a execução seja a melhor possível.                                                                        
·         Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada.

Organização Racional Do Trabalho

A tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos em todos os ofícios recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT). Para Taylor, o operário não tem capacidade, nem formação, nem meios para analisar cientificamente o seu trabalho e estabelecer racionalmente qual o método ou processo mais eficiente. Geralmente, o supervisor comum deixava ao arbítrio de cada operário a escolha do método ou processo para executar o seu trabalho, para encorajar sua iniciativa. Porém, com a Administração Científica ocorre uma repartição de responsabilidades: a administração (gerência) fica com o planejamento (estudo minucioso do trabalho do operário e o estabelecimento do método de trabalho) e com a supervisão (assistência contínua ao trabalhador durante a produção), e o trabalhador fica com a execução do trabalho, pura e simplesmente. Segundo Taylor, caberia à organização racional do trabalho:
• Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: objetivava a isenção de movimentos inúteis, para que o operário executasse de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um tempo médio. 

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